"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia.
Sou um o quê? Um quase tudo".
(Clarice Lispector)
Mas qual seria a vantagem em ser quase tudo? Eu não sei se uma pessoa é capaz disso. Mas sei que nem o bombril pode ser assim. É restrito somente as mil e uma utilidades. Mas voltando ao lado filosófico da coisa. Sempre. Querer ser muita coisa ao invés de uma só talvez seja algo não muito bom na nossa vida. A nossa capacidade muitas vezes é restrita. Restrita a fazer coisas nas quais nos damos bem. Alguns se dão bem em estudar, outros em trabalhar, uns em calcular coisas, outros em biológicas, e ainda alguns são bons em coisa nenhuma. E estes ultimos nem assim deixam de ser bons em alguma coisa.
Me diga algo. Muitas vezes reclamamos que a nossa vida só dá errado. Pois sim. Estes são bons em ter coisas erradas na vida. São bons nisso e nisso são bons. Mas convenhamos, antes ser bom em não fazer nada.
O que as vezes acontece é a falta de algo no qual centrar. Esquecer de tentar ser bom em tudo. E ser bom em algo e mediano no resto. O que acha disso? É meio bom e meio ruim. Mas a qual lado pender cai na mesma história do copo meio cheio ou meio vazio... E o resultado dessa discussão todos já sabem. Ou não?
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