terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

The day that never comes





Todo mundo já sonhou com um dia. O dia do primeiro beijo, o dia do aniversário de 18 anos, o dia em que a sua banda favorita veio para o Brasil. Todos nós sonhamos. O que varia é o quanto se dá de atenção para uma coisa ou outra. Algumas são mais importante do que outras. E isso é, a mim, inversamente proporcional a você. Que seja! Ou melhor, que sejamos. Nobres sonhos de infância que tivemos e desejamos que ainda aconteçam. Mas com o que a gente sonha hoje? A impressão que eu tenho é que os sonhos vão sumindo conforme a gente cresce. Mas porque?
Dar assas a imaginação é o que os adultos dizem as crianças. Mas quem diabos falou que a imaginação tem asas?Por acaso ela é um cavalo alado? Uma abelha? Bem, se a minha imaginação fosse uma abelha ela seria amarela com listras pretas e se chamaria Luiza Maria. Não é. Pois sim. Mas deixando de lado essas historinhas de "lullaby", o que a gente sonha é o grande mudador de destino, digamos assim. É uma das poucas coisas que têm a capacidade de influenciar no caminho em que os nossos passos percorrem, metaforicamente. E tudo continua mudando, mudando, acontecendo, acontecendo e o dia que nunca chega, nunca chega. Seria por isso que a gente sonha, para eles nunca acontecerem? Talvez. Não vejo pelo lado pessimista, mas são por esses dias que nunca chegam que o caminho é mais longo. E é nesse caminho que as pedras, buracos, trancos e barrancos aparecem. Para a gente crescer.

Magica?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quem dera houvesse alguém que escutasse os meus pensamentos...

Quem é que nunca teve um Paulo, um Bruno, um Márcio, um Alexandre, um Eduardo ou um Ricardo na vida? Tudo bem, pode ser uma Fernanda, uma Mariana, uma Ana, uma Patrícia, uma Júlia, uma Juliana ou uma Carla... Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa!Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo! A fila anda, a coleção de figurinhas"cresce, a conta de telefone é sempre altíssima.
Mas e ai? O que isso lhe acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida???Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane! Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser! Tem gente que diz que não é..."Eu não sou ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer". Mentira! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido... Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade! Pode dar o nome que quiser: amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo. Pode soar brega, cafona... Mas é a realidade.Inclusive o assunto "amor" é sempre cafonérrimo.
Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca tiveram ou nunca se deixaram ter a oportunidade de viver um grande amor. Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir ao lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...Não lembro se foi o Wando ou se foi o Reginaldo Rossi que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho..." eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o público gosta e vibra com o brega". Não adianta tapar o sol com a peneira.Por mais que você não admita:- Você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em Titanic e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em Uma Linda Mulher.
- Existe pelo menos uma música sertaneja ou um pagodinho que te deixe com dor de cotovelo;
- Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja;
- Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você está apaixonada no espelho embaçado do banheiro, ou num pedacinho de papel;
- Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone toca" em alguma das sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja;
- Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco;
- Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal "E foram felizes para sempre..."

Bem, preciso continuar? Ok, acho que não...Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e se nãopassou, não sabe o quanto está perdendo..."O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda chance."

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos"

( Não sei quem é o autor desse texto)



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Eu tava triste tristinho...

"Eu tava triste tristinho
Mais sem graça que a top model magrela na passarela
Eu tava só sozinho
Mais solitário que um paulistano
Que um canastrão na hora que cai o pano
Tava mais bobo que banda de Rock
Que um palhaço do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama

Dizendo nego sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama que tanto te ama
Que muito muito te ama que tanto te ama
Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada de mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria
Hoje eu acordei
Com uma vontade danada de mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria"
Zeca Baleiro

Alguns dias pequenas coisas fazem uma mudança extraordinária na nossa vida. Poucas palavras, muitas palavras, risadas, almejos e felicidades. Hoje eu quero mandar Flores ao delegado, ao padeiro da padaria! Se bem que os dois são meus parentes... que importa! Nesses dias as nossas reflexões são completamente diferentes, e as conclusões também. Em que dia de sanidade a gente teria vontade de mandar Flores ao delegado? Pois é... Só nos dias em que perdemos a razão.

Que eu perca a razão mais vezes! Não quer me acompanhar?

Filme:
Mah Nakorn-
Tailândia-Wisit Sasanatieng


Beijinhos, Cris

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


UMA CANÇÃO

Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.

Minha terra tem relógios,
Cada qual com sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?

Mas onde a palavra "onde"?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus da minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!

(Mario Quintana)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cálculo do Amor


" Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente" Clarice Lispector

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Palavras tolas


Dentro da multidão sem sombra, eu caminho para nunca chegar. E penso eu estar caminhando para algum lugar.
Num vale de coisas tolas Danço à moda da solidão, uma dança fúnebre, sem som, sem notas e sem gosto. E das míseras faixas de luz que se sobressaíram dentre as trevas, chega a brotar sem força algo que eu não sei bem o que é. Talvez um fruto, talvez um buraco. Mas que importa. Que nasça. E que a valsa da morte que eu dançava deixe de ser do meu mundo macabro, para ser daquele mundo que não é meu.
Seremos. Sim. Por entre todos. Coisa sem nexo, dum mundo que não existe.

Trilha sonora do post:
Dead Bodies Everywhere - Korn
Got the life - Korn

Espaços recomendados:
Um canto no jardim para meditar. Ao som do vento, ouvindo o sabiá sabiar.

Até...

Cris

domingo, 19 de outubro de 2008

Nariz

Se você tivesse uma mão de cada cor . De que cor seria o seu nariz?


Ju: Vermelho
Cris: Por quê?
Ju: Porque iria parecer comigo. Uma pessoa alegre. Quase uma palhaça! Haha

Caio: O meu nariz teria cor de nariz. Eu tenho as mãos de cores diferentes. Quando eu levanto uma e abaixo a outra, uma fica com manchas brancas e outra com manchas rochas... Cris: . Você caiu de bicicleta, ne? Caio: Quando fica com muito sangue elas ficam roxas!!! Caio: E mesmo assim, meu nariz fica com a mesma cor de sempre!!!!"

Coelho: Pergunta capciosa porque pressupõe que o perguntado tenha nariz e que o enxergue para ver a cor, além do que ela me lembra a boneca Emília do seu adorado Monteiro Lobato. De qualquer forma, meu nariz teria uma cor cujo comprimento de onda seria derivado de uma interpolação não-linear dos comprimentos de onda das cores das minhas mãos. Experimente submeter esta resposta aos seus amigos não-engenheiros!!!

Cris: Se você tivesse uma mão de cada cor. De que cor seria o seu nariz?
Leandro: Se eu tivesse uma mão de cada cor eu não teria um nariz. Eu teria um órgão olfativo chamado snarks. E ele seria invisível. Na verdade, ele seria visível apenas nas noites de lua do quarto crescente.

Amanda: Vermelho! Porque eu tenho rinite.

Cris: Se vc tivesse uma mão de cada cor. De que cor seria o seu nariz?
Glauco:
O meu nariz teria a mesma cor que ele tem agora! Cris: Por quê? Glauco: Porque a não tem porque a cor da minha mão influenciar na cor do meu nariz... Minha mão pode ser de outras cores por eu as ter pintado...

Rogério: Seria metade de uma cor, metade de outra!Hahaha Cris: Por quê? Rogério: Porque seria o encontro de duas cores: uma cor de cada mão.

Jéssica: Seria roxo. Porque eu gosto de Roxo.

Eduardo: Azul. Sei lá. Cris: Por quê? Eduardo: Porque já que as minhas mãos são de cores diferentes. Deduzi que eu era multicolor.

Evandro: Vermelho. Cris: Por que ele seria vermelho? Evandro: Ah... Reação alérgica a tinta nas minhas mãos.

Guilherme: Azul. Cris: Por que seria azul? Guilherme: Porque eu gosto de azul.

Sté: Amarelo. Cris: Por quê? Sté: Sei lá. A primeira cor que veio na cabeça.

Cris: Se vc tivesse uma mão de cada cor. De que cor seria o seu nariz?
Erico: De outra.
Cris: Por quê?
Erico:
Porque os papagaios não comem rosbife....

Sthefany: Da cor que ele é .Porque eu não ia querer um nariz de outra cor .

Jééh: Não sei!!shusah Cris: Responde, horas! Jééh: A cor da mão direita! Ahus


O ser humano consegue ver coisas distantes em ângulos distantes. São , de tão diferentes, tão iguais. E isso é uma prova de como vivemos num mundo que criamos. Um mundo de fantasia, ou um mundo de realidade. Sempre, sempre avante. Veremos aquilo que os nossos olhos querem enxergar. Podemos ver sombras ou ver luz. Depende da forma com que criamos as luzes em torno de nós mesmos. Mas sempre somos algo que não conseguimos fugir:


E se eu tivesse uma mão de cada cor . Que cor seria o meu nariz?

De todas as cores. Porque, pressupondo que as minhas mãos e o meu nariz estivessem num plano superior ao da minha realidade ,nas minhas fantasias, as cores não seriam cores, seriam sentimentos personificados. E tomariam formas geométricas e amorfas. Seriam capazes de aumentar de intensidade sem variar em qualquer outra propriedade. Seriam o ponto em comum do real e o fantástico. E por isso, o meu nariz conseguiria ter todas as cores. E ao mesmo tempo nenhuma delas. Pois, ele conseguiria sentir todas as sensações. De ver,crer, duvidar, amar, correr, cansar, viajar, imaginar , ouvir e acreditar. Seria uma única amostragem de um catálogo que nunca existiu: o da minha essência. Assim seria impossível ter uma cor somente, porque o que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós. E o impossível sou o eu.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Biografia da vida perdida


...Era uma vez alguém. Que tinha três lições a aprender. Uma levaria a fazer tudo com amor, a outra faria levantar quando caisse e a outra faria aprender com os próprios erros. Essas três lições rondavam Alguém não importava onde fosse. Mas como todo conto de fada, neste também existia o bruxo malvado que se chamava Medo. Medo fazia de tudo para que Alguém não conseguisse encontrar as Três Lições. E fazia tanta coisa que um dia Alguém se perdeu no meio do caminho e sem saber quem procurar, procurou o Medo. O Medo ajudou ele se levantar. Mas Alguém mal sabia que não poderia conficar no Medo. E o Medo o conduziu ao lado mais escuro e sombrio do lugar que Alguém tinha se perdido. E por fim ficou com Alguém até que todas as suas forças fossem embora, e até que as Três lições desistissem de encontrar Alguém.

Mas no fundo Alguém sabia que se mandasse Medo embora. As Três Lições apareceriam no seu caminho. Mas não conseguiu mandar o Medo embora. E então, ficou lá. Só. Assim. Sim.

E o Fim não chegou. Porque ele e o Medo não se davam muito bem.

Era uma vez alguém. Que tinha três lições a aprender. Uma levaria a fazer tudo com amor, a outra faria levantar quando caisse e a outra faria aprender com os próprios erros...


Trilha sonora do post:

Le jour d'avant - Yann Tiersen

L'échec - Yann Tiersen

Qu'en reste-t-il? - Yann Tiersen

domingo, 12 de outubro de 2008

A vida é como pedalar uma bicicleta. Você só cai se parar de pedalar.

E por que diabos a gente pára de pedalar?? E depois colocam a culpa na Lei de Murphi. Esse tal de Murphi ai deve ter ganhado horrores em cima das pessoas. Tudo é culpa dele, pobre coitado. A desculpa alheia é representada por um monte de frases. E essas frass foram crescendo, e crescendo. E agora existe desculpa para tudo, para todos, não importa a religião e nem a creça. Mas deixando o Murphi de lado e voltando a falar da história de pedalar. A gente, como de costume, aprende a pedalar quando pequeno. Sobe na bicicleta, o pai empurra, a gente cai, chora, fica triste, coloca a culpa na bicicleta. Depois esquece que chorou porque o pai conta a história de quando ele aprendeu a andar de bicicleta e fala que cair é normal, a gente se convence que ele está certo, monta na bicicleta, tem alguns momentos de alegria,e cai denovo, mas, depois de um tempo nesse ciclo, a gente aprende. Comigo não foi diferente. Eu também tive aquela caloi rosa de menininha. Sem contar os vários tombos que a gente leva por ai. Para os mais pedalantes: atropelamento de porta de carros, rodas que resolvem ter vida própria, carros... Depois de toda essa história cheguei a conclusão que A vida pode ser como pedalar de bicicleta, mas a gente cai a qualquer hora. Na verdade, a qualquer hora estamos sujueitos a cair. Outro ponto seria: como a gente cai. Ai sim a gente pára de pedalar, quando cai. Isso seria o melhor? E se a gente conseguisse, por um milagre, eu sei, continuar pedalando ao invés de cair? Só que ninguém consegue. O jeito é tentar conseguir. Pedalar, pedalar, pedalar, para chegar em algum lugar. Só não sei onde, por enquanto. Mas chegar é outra história. O mundo não dá a mesma volta duas vezes. Por isso é necessário viver.
Beijinhos, Cris




Filmes:

Forrest Gump

E o Vento Levou




sábado, 11 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eu não tenho tudo que quero. Mas isso é uma questão de tempo.


Felizes aqueles que pensam assim. É sempre mais fácil desistir de tudo do que erguer a cabeça e meter a cara a tapa pra conseguir, ou não o que quer. O não conseguir, muitas vezes, faz parte do conquistar. Não dizem as lendas que descubriram a América tentando chegar às Indias?Pois é. A vida tem razões que a própria razão desconhece. E Ponto Final. Pois Creia, acredite, se organize e corra " Corra, Lola, Corra!" . Fizeram até um filme para isso. E com esses pequenos esforços noturnos que a gente vai conquistando novos impérios. Na verdade, não há nada de diferente em conquistar impérios e objetivos. Todos necessitam suor, trabalho, inteligência e perspicácia. São conquistas. Pois então proponho: sejamos todos conquistadores natos! Com um quê que querer saber, querer entender e querer ser. Sejamos mais e mais eus gritantes por conseguir. O que há de perder em tentar conseguir? Quem nunca erra é aquele que nunca tentou acertar. E se eu errar... não tem problema, eu começo tudo de novo!
Beijinhos
Cris


Vamos aos filmes:

Gosto de Cereja- Abbas Kiarostami


O Orfanato - Gilherme Del Toro



Dicas de Livros:


O Mundo de Sofia

O alienista- Grande Machado de Assis

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O que você comeu ontem?

Por que todo mundo, quando se refere a lembrar-se de algo, me pergunta o que eu comi ontem?
Lembrar do que eu comi ontem é fácil. Difícil é lembrar com que pé se levantou. A propósito, com que pé você se levantou hoje? Está vendo! Você não se lembra!Nem eu. Por que não me lembro?
Ai meu Deus...

E por mencionar em comer. Olhei na gaiola do passarinho da minha mãe. E tinha meio ovo cozido lá. Me pareceu tão estranho. E depois falam do canibalismo como sendo algo ruim. Como podem falar isso e dar ovo para pássaro comer?? Ainda se fosse ovo de cobra...

Será que quando me pedem um dedo de algo, se referem ao dedo propriamente dito? Nunca mais vou querer um dedo de doce!!

sábado, 4 de outubro de 2008

Se você tivesse um pote em que pudesse guardar eternamente uma coisa. O que guardaria?

Talvez a idéia de ter uma caixa que guarda alguma coisa eternamente já tenha sido discutida ha muito tempo atrás. Mas como toda boa idéia surge de algo que já existiu. Vou eu, denovo, caminhando pela idéia já discutida e propondo, ou tentando, uma nova perspectiva.
Supondo que você tenha um pote. E nesse pote nada envelhecesse. Um pote ideal, como o meu professor de termodinâmica adora falar. Em que você pudesse guardar qualquer coisa. Não importasse o tamanho. O que você guardaria?

Seria egoísta e guardaria o dinheiro? Toda a riqueza do mundo?
Não vale fazer como na piada em que um homem acha um gênio e tem um desejo. Não vale pedir mais três desejos!!! Ai já seria abusar da minha força de vontade de escrever! Haja paciência!

Eu não sei bem o que guardaria. Para falar a verdade, não sei se tenho coisas para guardar. Será que a minha vida passou por coisas que valeriam a pena ser guardadas? Creio que sim. Algumas coisas passam desapercebidas por nós. As vezes algo que talvez pudesse fazer tanta diferença na vida de alguém. Mas a gente insiste tanto em jogar fora. Se naquele pote pudesse caber toda a felicidade do mundo. Talvez fosse a solução de um mundo novo. Mas saindo do princípio que se a gente fosse guardar a felicidade nesse pote, teriamos que tirá-la do mundo por, pelo menos, algum tempo. O que aconteceria com o mundo se eu guardasse a felicidade dele?
Imagino que você deva estar pensando agora: " Então guardarei a tristeza". Mas o que aconteceria com o equilíbrio do universo?
Eu acredito que Newton, quando disse que a somatória de forças para um objeto em repouso deveria ser zero, foi mais sábio do que ele poderia imaginar. O mundo gira porque existe um equilíbrio. E nesse equilíbrio algo se sobressai e faz com que tudo funcione.
E voltando a história de antes... o mundo se desequilibraria se algo dele fosse tirado. Talvez não. Não sei. Imagino que sim. E o outro lado dessa moeda se encaixaria numa nova pergunta: Seria você culpado de desequilibrar o mundo?

Agora pense assim: o mundo está equililibrado do jeito que está? Pessoas se matam sem razão. Ou com uma razão muito injustificável. O mundo está mais sujo do que jamais imaginariamos no passado. A subsistência tende a ser maior do que a própria existência. E, enfim. dos males o pior... pensando bem: Não há mal pior. Todos os males são males e assim tudo é pior.

Pensando dessa maneira agora. Que coisa você colocaria num pote para fazer o mundo se equilibrar? Existiria algo que pudesse equilibrar o mundo? Que coisa você poderia tirar do mundo sem que ele ficasse pior ainda? Existe algo capaz de fazer isso? E você conseguiria salvar o mundo e ainda sair culpado por ter guardado a essência dele num pote?


Pensando bem, se eu tivesse um pote em que pudesse guardar eternamente uma coisa...







Eu guardaria a humanidade...





Beijinhos
Crisss





Dicas de Filme:

Efeito Borboleta - Eric Bress e J. Mackye Gruber

Vanilla Sky -
Cameron Crowe

Gosto de Cereja -
Abbas Kiarostami


Trilha sonora do texto:

Teardrop - José Gonzalez






sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Amigo meu não tem defeitos. Inimigo, se não tiver, eu ponho."

Concordando ou não isso é a pura verdade!
Vá dizer que você nunca fez que sim para algo que não aconteceu exatamente como você disse. A gente está acostumado a manipular os assuntos. Manipular, movimentar. De forma com que aos nossos olhos(e aos olhos daquele que vos escuta) a histórinha não seja nada desigual a um conto Hollywoodiano de mesmisse. Quase sempre vale o ditado " Em terra de cego quem tem um olho é rei". Só não vale para a moral. E no filme do Fernando Meirelles acrescenta-se uma tesoura. Mas quem segue a moral? Sempre aproveitando uns dos outros, formamos o que hoje a gente insiste em chamar de sociedade. E a final de contas, o que é sociedade?
Vamos ver o que o meu amigo Google diz:

"Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. "

E agora eu pergunto, começando dos menores lotes: O que de continuo há na tribo em que despendemos o nosso tempo? Só para não dizer a cidade onde vivemos. Eu não sei dizer nada excetuando a comida, o saneamento, o lazer.
E que preocupações temos em comum? Eu não me preocupo com você. Você se preocupa comigo? Não venha me dizer que sim. Ou eu lhe retorno com outra pergunta. Onde você estava quando o meu porquinho da índia estava atravancado de baixo do meu fogão?

E lá vamos nós. Eu pintando mais um pedacinho da minha máscara. E você... eu vou lá saber o que você está fazendo!!!?

Assim posso dizer que o conceito de sociedade se foi. Junto com o Círculo de Mohr que aterrorizou o meu sono ontem. E a única coisa que sobra da sociedade é o individual coletivo. Aquele sentimento que ainda faz apoiarmos uns nos outros. Apavorados em saber quem cairá primeiro: eu ou você? Mas tudo isso é uma questão de escolha. Um tópico do livro que fala a forma com que você escolhe escolher as suas escolhas.

Então, no diálogo seguinte, voltaremos aos mesmos ditados " Em terra de cego quem tem um olho é ciclope" e "Amigo meu não tem defeitos. Inimigo, se não tiver, eu ponho, tiro, coloco de novo. Depende do meu humor. E isso vale para o amigo também. Passar bem!".

E depois eu jogo uma moeda no poço da sorte. Quem sabe o meu desejo se realize e o papo de sociedade apareça aqui novamente, mas num contexto diferente.

" O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá" (Chico Buarque)



C'est la Vie!



Dicas de Filme

Ensaio sobre a Cegueira - Fernando Meirelles

A Vila -
M. Night Shyamalan

Dicas de Lugares

Itau Cultural



Beijinhos
Cris






terça-feira, 30 de setembro de 2008

Falando nisso...

Medo

Um dia alguém chegou pra mim e disse: - Não devemos ter medo. O mundo é feito das nossas escolhas. Mas esse ai nunca mais apareceu.

Nem sempre sei o que fazer. Na verdade quase nunca.
Quase nunca sei o que fazer. E daí outro dia alguém surge e diz: - A vida é ruim mesmo. A nossa saga é crescer, viver, e morrer em vão. Nunca sei o que dizer. Será que sou fraca demais pra ter meu próprio pensar?

Nunca sei nada e vivo a duvidar. Duvidar se quero, duvidar se quis, duvidar que pudesse fazer, duvidar da coragem. Duvidar de mim mesma. E viver por não viver. Por que gasto mais tempo no por quê do que na certeza?

Mafalda


As vezes eu acho incrível como uma simples tirinha de jornal pode ter tanta razão. Esta serve para aqueles que gostam seimplesmente de gostar das coisas. E olham o mundo com um quê de querer entender. Mesmo que nunca entenda nada. Valeu a passagem só por poder observar. E não tirar a conclusão de não ter tirado conclusão nenhuma.